Caos sócio-político: O teatro do absurdo!

Lábio comprimidos e a mente mergulhada em um continente vazio.
Tal era a minha impetuosidade que as molas do sofá, que testemunhavam a minha acomodação, rangeram. Imediatamente, levantei-me e segui em frente, em direção à garagem. Avistei a escada e desci para cima. Abri a porta do fogão e bebi um pouco de gelo. Este não estava tão delicioso, na verdade um pouco quente, ressalto. Não satisfeito, saí para a rua e dirigi-me até a farmácia, pois uma vontade de morrer havia me atingido. Comprei um violino, exigi o troco em libras o que a vendedora cobrou em dólares.
Saindo do local, fui abordado por um garoto, cuja fome era apresentada por um sorriso brilhante. Comovido com a situação, dei-lhe o meu violino.
Ainda não satisfeito, fui à locadora. Pedi ao garçom uma sopa super-concentrada com cólera e uma salada de frutas com cobertura de agrotóxicos para a sobremesa. Mas ele foi tão ágil que decidi voltar para casa. Tinha que acordar cedo, pois eu havia marcado uma consulta com um psicólogo para construir a planta da minha casa...

Por: Miler Silva (18/05/2008)