10 de março de 2010

Breves considerações sobre duas vidas não concomitantes

De: Miler Silva
Para:__________

10/03/2010
Olá! Querida.
Hoje de tarde, na sala de aula, te vi sentada em uma cadeira tão solitária que pensei em ir falar com você, mas decidi ficar.
Lembra do nosso passado? Não? Caaaaalma... eu posso refrescar a sua memória.
Você sempre aparentava sentir algo especial por mim. Fazia gestos que demonstravam carinho e afeto. Diretamente, dizia que gostava de ficar ao meu lado em todos os momentos. Mas hoje de manhã teve a ousadia de mostrar um sorriso cínico de escárnio. Ainda bem que não esquecera a sua máscara, certo? Caso contrário, como mostraria tanta consideração por mim?
Meu Amor, você deve estar indagando sobre o porquê deste texto. Ora, analisando a suposta importância que um dia você me dera, até gostei, mas achei que hoje você esqueceu de mencionar umas coisinhas, tais como: "Eu te amo, meu Miler, e nunca vou te esquecer".
A minha felicidade reaparecia, introvertida, ao ver o teu sorriso lindo. Mas dizem que as coisas podres têm o verniz mais perfeito.
Ah! Fiquei meio confuso quando você não olhou para mim, porque significava uma certa indiferença. Um ar de "não preciso de você". Mas como isso é possível? Quero dizer, você precisa de mim, pois não pode enganar as paredes, ou estou errado? Já que nunca vai encontrar outra pessoa que confie tanto em você.
Mesmo assim, finalizo este texto com um sincero desejo.
Que Deus te abençoe com uma vida próspera de alegria e felicidade, pois até mesmo você, minha Querida, no ergástulo de seus valores distorcidos, precisa, tanto quanto um náufrago, de um pouco de amor e carinho, pois é o que todos nós, de fato, precisamos.
Lembre-se: Eu (não) te amo mais

2 comentários:

Marcela Santos disse...

Eufemístico e (in)direto. Bem escrito! Mas, no fundo, todos preferíamos que fosse mera ficção...

Bruna disse...

briga de maridu e mulhé!opaaa!