24 de abril de 2010

RISCO PARTE I

Às vezes por mas que tentemos nos afastar, em algum momento teremos que tomar uma decisão e toma-lá pode ser um GRANDE RISCO!
Colocamos todos os prós e contras sobre a balança, mas sempre tentamos nos afastar dos GRANDES RISCOS. E o sofrimento é pior deles.
Acredito que os sofrimentos nos fazem crescer de alguma forma. Lógico que muitos sofrimentos nos fazem muito mal., mas é preciso correr riscos.
Acredito que a vida realmente vivida é aquela que deve ser "arriscada"...Concluo com isso que nenhum ser VIVE realmente a sua VIDA.

Por: Rafaela do Vale

23 de abril de 2010

 Algo bate àquela porta, mas nada era visto do outro lado. A escuridão da noite se espalhava e, com ela, a solidão urgia. Mas,o que será que havia ali? Esse talvez fosse o mistério, que tanto batia e assombrava, através da porta de Alice. Era ela quem não deixa entrar e o tempo estava passando. Uma hora ela abriria aquela porta.
 05 de Agosto de 2004. Era mais um dia normal para aquela menina, livros e aulas. Sua agenda era lotada, buscava ocupar seu tempo para não ter que abrir a porta, seria doloroso para ela. Ora, já estava acostumada, muda tudo só para saber o que havia por detrás daquilo, para ela não tinha lógica. E mais uma aula.
 Na semana seguinte, ao ligar a tevê e buscar algum noticiário, acabou assintindo à uma matéria em um jornal, no qual monstrava um país destroçado, devidos aos terromotos que havia "sofrido". Orfãos, famílias desintegradas, uma nação amedrontada, já que foi um grande desastre tudo aquilo. Fez nada de mais, desligou a tevê e foi ler algo que julgava mais importante; foi quando ouviu um "Toc-Toc". Foi aí que fechou a janela para que, talvez, não houvesse  mais insistência, não àquela hora.
 Sua mãe chegou, passou pela porta tão inexperiente e concedeu à filha um longo abraço de recompensa, por passar tanto tempo fora de casa. Mas, logo depois, só com a subida da mãe para o quarto, a porta fechará; talvez para nunca mais ser aberta.
 A mãe andava cansada, tomava anti-depressivos e ainda tinha a dor da separação. Um casamento de vinte e cincos anos, bodas ..., vieram grandes experiências e uma filha. Era complicado para J. a vida que levava, mas agora poderia mudar o enredo e passar por "menos" sofrimento.
 Passaram-se duas semanas. Constantes desmaios e a disposição para as tarefas mais simples já não era a mesma. Os gatos miavam do outro lado da porta, estavam com fome. E a mãe certa de uma sede, que a filha não poderia fazer cessar. Um beijo na testa e pediu à Deus que a protegesse. A mãe morrerá por excesso de medicamentos, uns trinta comprimidos por dia, e acreditava que nada mais poderia ser feito ...
 Agora sozinha, talvez os gatos poderiam ser alimentados neste instante.
 Os primeiros meses foram difíceis, tinha a aposentadoria da mãe, e sabia que não poderia viver sempre daquilo. Então, decidiu pular a janela.
 Em um golpe de sorte e incertezas, por fim, abriu a bendita porta. E não mais restou a vontade de deixar tudo e todos de lado, por mais que tenha sido um pouco tarde, não tardou o suficiente para o seu fim.
 Agora já não se batia, todos poderiam estar ali. Porque ela abriu a porta do seu coração.

19 de abril de 2010

O trabalho não era a indústria, o proletariado é quem era.

Sabe-se que o modelo capitalista influenciou diretamente a Revolução Industrial e, como consequência, famílias perderam o seu poderio de vida. O êxodo rural em busca de uma nova ordem social, imigração em busca da saída, o proletariado explorado. Pessoas que tinham o seu convívio familiar estável, vêem-se agora obrigados a trabalhar comunalmente para esse mundo em desenvolvimento 'insustentar'.
Qualifica-se o acúmulo de capital, e desqualifica-se a vida social. Impera a disputa por mercado. Mas, onde está o mercado? Eles o fazem. E mais uma vez a população, que não tem vida com tal carga horária de trabalho, é movida por algo maior que o trabalho. Das 24hs trabalha-se (incansavelmente?!) durante metade do dia. Homens, mulheres, crianças , estas que deveriam estar passando por escolaridade e que poderiam, mesmo que sobre incertezas , reinvindicar e mudar tal situação.
Não previa-se a necessidade humana, apenas a necessidade bancária e de "desenvolvimento". Sem condições dignas de trabalho, epidemias , a descrição de tal momento. E já prevendo mais "mal-estar social", sindicatos foram criados , lutando por seus direitos, literalmente. E apenas (bem?!) após a segunda guerra mundial, depois de tanta destruição, é que se ouve falar em ajuste de carga horário, talvez, assistência à saúde dos trabalhadores, em algumas migalhas de direitos. Mas, ainda assim, impera o constrangimento diante da submissão.

"Dorme não!
Outro dia já vem
E vai ser mais cansativo
Mas deixa de desdém!
A gente não entende
Quremos é o dinheiro
Do qual o mundo detém."

18 de abril de 2010

Casinhola

''Eu'' vi os operários do sistema trabalhando em prol do emolumento.
Eu desci a única escada que me dava acesso ao pensamento e quando subi me deparei com o cutelo que me cortou a consciência e lançou os beliguins na opicultura.
Eu senti a língua dos bantos se desenrrolando para cantar o idioma universal.
Eu temi ao observar o ablongo poder econômico,sofisticadamente ligado ao obtuário ser sapiens tão próximo da noite fria.
Eu percebi o cheiro de uma tâmara apodrecida na inconsciência venturosa,mas que ainda cheirava mal.
Eu ordenei aos 'grotescos' uma deprecação por si,em favor da melodia do citarista que não nos deixa apagar os clamores cidadélicos na alma.
Eu visualizei a pausa do tempo,quando bordar um bordão no bordél era borbulhar na bondade bolorenta de uma linda borboleta.
Eu te vi no acostamento daquela linda rua-na qual um dia juntos andamos-como mais um enfezado ofuscado e confuso ao ver o lusco-fusco luzir uma última esperança.
Eu sei...
Eu ''Sou''...
Eu sinto...
Eu vejo...
Eu vi ''Deus''.
Eu...

Thiago Cruz

17 de abril de 2010

Tudo, e nada.

E foi assim... crescendo dentro de tudo. Talvez tenha percebido mas não quis por um fim, ou então estava tão despercebido que cedeu. Não foi criador de universos para "nos" prender a eles, criou para que deles renasça o mundo, sempre. Hoje não foi diferente, mas algo intrigante aconteceu... a descoberta de uma possibilidade... a comunicação entre o ego.
Já não faz parte da minha história tantas estórias, fantasiosas, o circo já fechou, a Alice já acordou, a loira do banheiro já foi esquecida.
Agora não quero mais nada disso. Apenas a verdade! Para ilustrar mais que a minha mente. Imprimir a ilusão do "mundinho", com tudinho aqui para mim, já se foi!
Acordando para dar mais um passo, este em direção ao concreto, pois de abstrato bastam as ideias em uma folha de papel A4.

14 de abril de 2010

Às vinte e duas horas

Às vinte e duas horas, para vivermos um século, deveríamos estar dormindo, se acreditássemos no provérbio "acordar às seis, almoçar às dez, jantar às seis, deitar às dez, faz o homem viver dez vezes seis". Ora, alguém mais acredita em provérbios? Quem sabe o que são provérbios?
Os nossos hábitos mudaram quase que de repente. Vida nova, moderna.
Se dormíssemos às vinte horas, talvez tivéssemos belos sonhos. Talvez despertasse a nossa pobre imaginação, hoje suprimida pela objetividade científica. Mas a Grande Belém ainda não perdeu seu estilo de grande cidade. Nem as crianças querem deitar a essa hora. Jovens, velhos, doentes, atletas, artistas, todos querem aproveitar intensamente a vida. Cada segundo dela é um mistério. E o que mais nos fascina é o mistério. Dele viemos, nele vivemos, e para ele iremos.
Às vinte e duas horas há luzes no gabinete das pessoas que estudam, das que conversam. Também há nos aposentos de quem chora, de quem ri. Há pessoas nascendo! E morrendo. Cada luz pertence a uma vida.
A distância as entrelaça em silêncio. Se pudéssemos ouvir todas, veríamos de que contrastes surpreendentes são feitas essas diversas identidades.
Às vinte e duas horas, nas ruas desertas, de um lado, repletas, de outro, há flores noturnas que exibem o seu esplendor. É uma hora escura para os pobres, que se abrigam em suas tocas. Mas é clara para o ouro e o diamante. As sombras da noite são assim, caprichosas.
Mas tudo é enganoso. Essas vinte e duas horas são mera ilusão, pois em outros lugares está amanhecendo. Cada lugar vive um momento diferente. E tudo isso deixa de pesar em nossos ombros. Nossa alma vai se tornando alada, livre, enquanto a própria Terra vai deixando de ser cénario drástico e aflitivo; recuperando as suas velhas asas, reafirmando-se Planeta, na grandeza do universo.
- Que horas são?

Miler Silva

Passeio Noturno (parte I)

Quarta-feira, 14 de Abril de 2010.
Às 20:00, cheguei em casa carregando um amontoado de papéis, roupas, um DVD Player, e uma televisão. Mais uma para a minha coleção. Minha esposa estava no sofá, bebendo um pouco de uísque.
- Já posso botar o jantar na mesa, ô seu p****? - perguntou a minha mulher.
- F***-se. Já não era sem tempo. Veja o que eu trouxe - retruquei.
Mas ela não deu importância. Perfeitamente normal.
Minha filha estava no quarto dela praticando técnicas de impostação de voz. Meu filho estava no quarto dele estudando, creio.
- O jantar está na mesa! - gritou a minha mulher.
Enfim, todos reunidos para o jantar.
- Pai, tu tem dinheiro pra me emprestar? - falaram os meus filhos, simultaneamente.
- Não.
Já levemente irritado com a audácia alheia, resolvi apreciar as minhas novas aquisições. Uma surpresa: o DVD Player estava com defeito. Não pensei duas vezes, e peguei meu Jaguar preto cromado com uma dupla de aço. Belo carro, aerodinâmica perfeita. Saí para a loja, a fim de trocar o aparelho defeituoso.
Quando passei pela Avenida José Malcher, vi a mais bela de todas as artes: o "super apple espremator plus!". Ele era inigualável, esplêndido. O melhor espremedor de maçãs do mercado. E ainda vinha, de brinde, o fabuloso "Texticulus vivax". Não sei exatamente a utilidade, mas gostei. Adoro latim. Não hesitei em comprar.
Estacionei o carro na Yamada Plaza, agarrei o pacote rapidamente, antes de qualquer ataque terrorista, e corri para o caixa. Foi quando a operadora de caixa me deu a terrível notícia. Na verdade, a pior de toda a minha vida. "Desculpe, Senhor. Seu cartão foi rejeitado. Seu nome está no SPC e SERASA"
Foi o fim.
"Para a síndrome de hipocondria consumista, só há um remédio: Uma breve consulta no SPC e SERASA".

[continua...]

(Os)tentação

É como a obtenção de poder ,a gente se perde em meio à tal grandeza.Eu sabia que não seria diferente,mas Ele me fez desacreditar.Não me restou muito até perceber os sinais,todos eles tomaram conta de mim,levaram-me ao (des)entendimento do que vivia, e,enfim ,tudo se abriu.Não mais só o mar mas os céus ,já estavam lá esperando por mim.
Ecoou a contra partida, os gritos de guerra interior e a suposta missão, me arrebataram.Detinha de tanto poder e vontade,e pareceram ineficazes,para a ascensão da satisfação.
Larguei tudo,poderia até ter sido jogado fora o meu esforço,pois me deixei entregar de tal forma ... por tal força maior. Aquilo me derrubou e me elevou ao maior posto. E agora todos estão aqui,vivendo junto comigo.

10 de abril de 2010

Música

Por: Marcela Santos

           A música que acompanha minha vida, compartilhando minhas alegrias e tristezas, ajuda-me a compreender que é preciso esforço para aprender, calma para que os acordes não percam a beleza de sua união e, sobretudo, aguçam os sentidos, que aprendem cada vez mais a se melhorar...


  

4 de abril de 2010

Descansar em paz

Eu não quero que me leve somente até o céu,mas perto das estrelas.Eu só quero uma cama,onde possa deleitar meus pensamentos e fazer correr os meus sonhos.Estou vendendo meus travesseiros de pedra.


                                                                                      Thiago Vieira Cruz

2 de abril de 2010

BRASIL...O QUE É?!

PENSE...REFLITA...
VOCÊ FAZ PARTE DESSA SOCIEDADE? VOCÊ TAMBÉM É CONFORMISTA OU TAMBÉM JULGA A ATITUDE DOS OUTROS, PRINCIPALMENTE A DO ESTADO, ESQUECENDO QUE A SUA TAMBÉM É IMPORTANTE?!!O NOME DISSO É HIPOCRISIA.

ACESSE :www.jornaldaciencia.com.br


http://www.gazetadopovo.com.br/charges/index.phtml?foffset=16&offset=&ch=Benett


Por: Rafaela do Vale