29 de julho de 2011

Enquanto morrem as rosas


 
"Morre a tarde. Erra no ar a divina fragrância.

Fora, a mortiça luz dos crepúsculos arde.

Nas árvores, no oceano, e no azul da distância.

Morre a tarde...



Morrem as rosas. Minhas pálpebras se molham

No pranto das desesperanças dolorosas.

Sobre a mesa, pétala a pétala, se desfolham,

Morrem as rosas...



Morre o teu sonho?...Neste instante o pensamento

Acabrunha o meu ser como um pesar medonho.

Ah, por que temo assim? Dize: neste momento

Morre o teu sonho?..."



                                                                                  (Manuel Bandeira)

3 comentários:

Amanheceu um pensamento disse...

Para mim,esse poema é uma linda poesia!;traduz circunstâncias impossíveis em liberdade.Mais uma vez,então,prova-se: O mundo dos sonhos não dorme... Não dorme!
Thiago Cruz

Caio Fernando disse...

É um poema meio E.M.O. HAHAHA.
Mas é bonito também. Manuel é Bandeira! Fala sério!

Rubens disse...

Grande Manuel Bandeira!
Quando eu tiver mais tempo, voltarei aqui nesse blog.
Vocês escrevem coisas bonitinhas. Hehehe.

Parabéns!