Como se fosse a única e nada mais importasse, saiu caminhando pelo mundo. Era, provavelmente, o que pensavam os outros.
Mas a verdade é que foi, exatamente, por perceber que não era a única e por sentir que realmente se importava o bastante para tal, foi que ela partiu. Não sem rumo, como os que não fazem caso. Mas com um propósito. Podemos até dizer que com uma causa, um meio e um fim.
O motivo não foi porque sua vida não fazia mais sentido. Fora, talvez, a percepção de que pode haver mais de um sentido em viver; e que, por isso, diversos caminhos são trilhados em ciclos que se reciclam, indefinidamente, no que chamamos de fases ou Momentos da vida.
E não seria para sempre. Afinal, nada é. Mas pretendia, nessa nova caminhada, dedicar-se de todo o coração. Talvez, até, de todo o corpo. O que fosse, pois, necessário.
Acontece que ela havia sido tomada por um sentimento de Ajudar. Tão fortemente, porém, que ,diferente da maioria, simplesmente agiu.
Sentia como se o socorro prestado fosse primeiro a si mesma. Era como se houvesse um grito sufocado que não mais suportava ver tantos fatos, casos e sapos, sem se libertar como forma de Ação.
Ela foi.
Alguém precisava fazer algo!
Ela via olhares de crianças que gostariam de brincar, correr, pular... E que, nem mesmo, davam conta de chorar ou reclamar por auxílio. Estavam cansadas demais, e já não aguentavam suplicar em vão.
Via os olhares dos velhos... Tão cansados! Talvez, de uma vida sem brincar, correr, pular e de súplicas em vão.
Via jovens e adultos com olhares tão mórbidos! É que a desesperança acaba por nos arrancar o brilho, a vontade...
Ela fora, afinal, partilhar aquilo que sabia. Como deveria ser natural naquilo que chamamos de sociedade, civilização. E praticava sua arte de curar o corpo; que, logo depois, se tornou de corpo e alma.
Dividia alegrias. Dividia tristezas. Tinha dias bons e maus. Não foi por decidir ajudar que se tornara uma santa. Ou que tudo, dali, daria certo em sua vida.
Aquele era apenas um novo sentido de viver.
Havia uma causa, um meio e um fim.
Não eu. Não você. Nós! Todos nós.
(Marcela Santos)
18 comentários:
Own, lindinha... Sem palavras!
Sim! Nós! Todos nós! Sempre...
Fico orgulhoso quando percebo que estás indo cada vez mais fundo na escrita. Parabéns!
Não ficou claro para onde ela iria, de fato. Mas, essa foi a intenção. Afinal:"Havia uma causa, um meio e um fim". E o que ela procurava era apenas "tudo"...
Lindo! Adorei!
MENINA ESCRITORA...
Como sempre, PERFEITA...
Sou um leitor abençoado. Tenho uma deusa que escreve paraísos em páginas virtuais. Que sejas sempre assim, querida Marcela Santos: a menina escritora - como bem disse o menino escritor. RS.
Obrigado pelo texto lindo.
linnnnnnnnnnnddddddddooooooo
Sempre leio essas coisas lindas q a marcela escreve. sempre acompanho tudo o que esse blog oferece de bom. é difícil encontrar um conteudo tão variado de assuntos para se ler. gosto mto daqui.... obrigado escritores
a marcela é a q escreve melhor aqui nessa pagina...... fico mtas vezes sem palavras p agradece por cada texto....
muito bom mesmo gostei baatante marcela vc escreve mto bem
Eu morro de curiosidade para saber como as pessoas conseguem chegar até esse blog... Rs
ObrigadaS! =]
Sou suspeita para falar, rsrs. Mas cada vez mais vc se supera filha, parabens.
texto bonito
texto mto bonito gosto do seu estilo
gosto dessas coisas lindas q vc escreve...
olha eu gostei mto..
marcela esse texto esta mto lindo, parabens vc escreve a cada dia melhor..
texto lindo... infelizmente o mundo está ao contrário mesmo... seu texto aborda um tema meio triste pois são os poucos que desejam seguir caminhadas do tipo... existe uma extinção se pessoas com bom senso... por isso, acho que seu texto é horrivelmente lindo....kkkk
parabéns marcela!
texto lindíssimo.... sem palavras
texto bem escrito, gostei mto!
eu adoro os seus textos marcela. mas estou muito chateado com você. sim, sim! muito com raiva! vc não posta mais nada! que coisa feia! com tanta inteligencia, e me deixa aqui sem um textinho novo! ah, pelo amor de deus!
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